segunda-feira, dezembro 31, 2007

Sweet Home Alabama

Sabe o que não entra na minha cabeça? Porquê todo roqueiro de classe média alta cisma com esse negócio de se vestir como um caminhoneiro americano (que eles chamam de 'trucker'), um vaqueiro estadounidense (que eles chamam de 'cowboy') ou um caipijeca ianque (que eles chamam de 'redneck'). Sério, tem coisa mais tristemente subserviente, macaqueada e esteticamente equivocada que roqueiro brasileiro buscando referência no Oeste americano em plenos anos 2000? Com quem eles querem parecer, com os caras do Lynyrd Skynyrd?! Porra, nem os caras do Lynyrd Skynyrd querem parecer com o Lynyrd Skynyrd hoje em dia!

Eu nem entro no mérito do argumento chato (mas inegavelmente coerente) de que se você quer tanto seguir um modelo rústico e rural, pode ao menos optar pelo similar nacional. Admitamos, ia ser bem mais divertido ver uns rapazes que tem banda de "rrrrrrock" descendo a Rua Augusta de calça pega-frango, chinela havaiana, camisas das Diretas Já e chapéu de palha (sendo a enxada nas costas e a bóia opcionais). Ou então um guitarrista esmerilhando seu instrumento trajando um autêntico visual João Mineiro & Marciano (Milionário & José Rico também seria style). Por que essa fixação em ser trucker quando ser caminhoneiro brasileiro é bem mais rock n' roll? Andar por aí de short xavantinho da adidas, camisa estampada, boné do Clube Irmão Caminhoneiro Shell, os cornos lotados de rebite e comendo umas prostituas adolescentes de beira de estrada dá de mil a zero em termos de rebeldia e atitude selvagem.

Até porque, e isso é o que realmente me deixa incomodado, o visual obtuso típico de boné de tela, mullets, camisa apertadinha e calça agarrada com lencinho e/ou correntinha pendurada renderia a essa cambada uma curra memorável, um estupro coletivo ou uma bela surra em qualquer plaga habitada por rednecks de verdade. No mínimo! Portanto, antes de sair de casa na próxima vez para tocar no Outs, pense que se isso fosse na Lousiana ou no Arkansas, a rapaziada da pesada ia te esfolar vivo e comer seu cu pra você deixar de ser besta!

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Envelheço na cidade

Você sabe que está se tornando um carioca de idade provecta quando além de constatar que, bem, "você é da década de setenta!", suas memórias afetivas e geográficas da cidade sao da época do gel de cabelo New Wave (com glitter!) e já eram velharias na época que o Kurt Cobain ainda tava vivo. Tipos, eu lembro como se fosse ontem quando:

1 - O Ballroom, que já não existe mais, era o Oba-Oba do Sargentelli.

2 - As pessoas iam pra praia pra tomar mate com limão naqueles tonéis de metal, correr do arrastão ou pegar lata de maconha do Solana Star (meu pai fez muito desse último).

3 - O Moreira Franco, o Brizola, o Saturnino Braga e o Marcelo Allencar governavam essa cidade.

4 - Que existia uma cadeia de fast-food chamada Gordon (o símbolo era um canguru) e ela competia com o Bob's e o Mc Donald's.

5 - Quando só tinha hamburger, cheeseburger, Big Mac e Quarteirão com Queijo no Mc Donald's. E o Mc Lanche Feliz se chamava Lanche Carioca (quer dizer, quem era de São Paulo tava fudido!).

6 - Quando todos os grandes eventos da cidade aconteciam no estacionamento do Barra Shopping ou do Carrefour e não nas praias da zona sul fudendo com o trânsito.

7 - Os golfinhos de Miami e a Boneca Eva (que ia ter um bebê!) foram o programa sensação do verão.

8 - Existia Tivolly Park e diziam que a galera entrava no Trem Fantasma pra assaltar. Tinha também a estória do carrinho da Montanha-Russa amarela que caiu.

9 - Comida de rua era Angu do Gomes e olhe lá!

10 - Você podia ir a um vilarejo distante e selvagem como, sei lá, Belo Horizonte pegando um trem na Estação Leopoldina (eu sei porque eu fui com toda minha família!).

11 - Chegando a um vilarejo distante e selvagem como, sei lá, Belo Horizonte, você podia fingir que adivinhava o que acontecia nas novelas da Globo porque elas eram retransmitidas com um atraso de dois dias em média.

12 - O SBT aqui se chamava TVS.

13 - O Silvio Santosde tinha também a TV Corcovado, então passava programa Silvio Santos em dois canais simultaneamente.

14 - Dava pra passear nas dunas da Barra da TIjuca que ladeavam a Av. das Américas.

15 - A sendas dava de presente uns compactos em vinil rosa dos - olha a sacação! - Rosadinhos (sério, explicar o que eram os Rosadinhos ia demorar horas, melhor confiarem que existia mesmo).

16 - Os grandes lançamentos do Rock in Rio foram a pepsi-cola e a cerveja Malt 90.

17 - O Free Jazz Festival acontecia no Hotel Nacional, que ainda não era essas ruínas abandonadas de hoje em dia.

18 - Você tinha que usar mochila da Company e tênis da redley (o preto ou o de duas cores), que era uma cópia sem-vergonha do Vans, pra ser popular na escola.

19 - Alguns anos mais tarde, você precisava usar nauru e camisa de Bali pra pegar mulher na Well's Fargo, Resumo da Ópera ou no Reggae Rock Café.

20 - O Comando Vermelho ainda se chamava Falange Vermelha.

21 - O Casseta & Planeta ainda era dois grupos distintos: O jornal Planeta Diário e a revista Casseta Popular e ambos eram engraçados de verdade.

22 - Tinha um drive-in com sessão coca-cola ali na Lagoa, e era drive-in de verdade, não um motel.

23 - O drive-in virou um rinque de patinação, e era rinque de patinação mesmo, não um motel.

24 - O jimmy Cliff tocava uma sexta sim e a outra também no Circo Voador.

25 - As pessoas não se incomodavam em fazer compras num lugar chamado Casas da Banha, o popular CB (eles tinham um anúncio de uns porquinhos dançando o chá-chá-chá que eu lembro da música inteira até hoje!).

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Fino sarcasmo da minha modelo excêntrica favorita

"Me convida prum café na Starbucks pra eu te explicar que a Primeira Guerra Mundial foi declarada depois do assassinato do Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Sarajevo.
Porque eu, querido, eu estudei muito na vida. E ainda leio muitíssimo. E muitíssimo é acentuada porque todas as proparoxítonas são
."


Gente, ela estudou muito na vida, hein? Tá pensando o que, que ela é igual às outras, aquelas burras de pai e mãe? Ela sabe acentuar proparoxítona e lê muitíssimo. A wikipédia tá bombando no computador dela (igual no meu!).
Valeu "gata", da próxima vez você se inscreve no Brazil's Next Professora de História da 5ª série. Quem sabe você dá mais sorte?

Brazius next top módeu

Correndo o rico de queimar meu filme diante das três pessoas que lêem isso aqui diariamente, admito que eu via "Brazil's Next Top Model". Não só via como comentava com minha mãe, minha namorada e, se perdia algum episódio, assistia no youtube. Senhoras e senhores, minha vidinha é o fundo do poço! Não podia passar uma semana sem sentir aquele clima de vergonha alheia pela menina interiorana que ganhava uma prova e, como prêmio, recebia uma bolsa térmica cheia de absorventes, ou quando elas fingiam que lavavam o cabelo usando Seda Brilho Intenso. Mas o ponto alto do programa era mesmo os comentários da Érica Palomino, juro, integrei ao meu vocabulário limitadíssimo a expressão "imprime brega" e só estou esperando a hora certa de usar.

Enfim, depois da vitória da modelo santista, da refugada bizarra da carioca moderninha que eu já vi zanzando pela cena rock falida da cidade e da outra que era bonita, mas ninguém sabe explicar porque não ganhou, eu estava assim, um pouco entediado. Poxa, já não tinha mais assunto com ninguém e as quartas-feiras do Sony Etertainment Television são um pé no saco, não sabia o que fazer... Até que me passaram, tcha dan, o blog da modelo horrorosa e venenosa que se dizia excêntrica. Sério, nada melhor para matar o tempo (coisa que me sobra) do que ler os posts cheio de rancor de uma pseudo-modelo falida que não conseguiu ganhar uma gincava num concurso de canal por assinatura. Erycka, obrigado "linda", você pôs fim ao meu cold turkey de tosquice e baixaria.

Se vocês, assim como eu, adoram ver mulher feia dando pití, entrem lá: http://eryckanobrntm.blogspot.com/

Acho que Erycka tinha que escrever um livro contando todas as verdades do programa, ia vender que nem água!

Ressaca natalina - uma análise imparcial e aprofundada sobre as minhas experiências nesse período do ano

Antes de qualquer pensamento ser transferido para a tela, devo admitir que adoro Natal. É sério, por que as pessoas a partir dos 17 anos começam a achar algo adulto e de uma consciência social a toda prova falar da hipocrisia e das mazelas capitalistas do carnaval dos cristãos? ...Como se fosse a única festa hipócrita e capitalista a que estamos sujeitos! Porra, vamos deixar os cristãos relaxarem, é a única época do ano em que ser feliz não é digno de culpa e penitência para eles! E olha, numa boa, nada mais adolescente roqueiro-revoltado-que-faz intercâmbio-com-dinheiro-dos-pais escrever para praguejar contra o Natal no fotolog enquanto sua Tia Lurdinha lhe traz jogos de playstation do free shop.

Gente, Natal, via de regra, tem sempre muita comida. Isso já seria motivo suficiente para eu gostar bastante da festa, afinal, gosto de tudo que tenha alguma comida envolvida. E acho que essa minha inclinação a participar de qualquer evento que tenha distribuição gratuita de alimentos é notória, já que tentaram (e conseguiram) me convencer a aceitar trabalhos com o argumento do estilo "a grana é pouca, mas oh, o cattering é óóótimo!" mais de uma vez. Ou isso ou eu tenho cara de morto de fome. Enfim, digressiono...

Apesar de ser um entusiasta das festas natalinas, sou obrigado a aceitar seus lados negativos. Por exemplo, ganhar presentes de parentes que você, quando muito, vê uma vez por ano. É sempre um momento de constrangimento ímpar receber o presente daquela mulher do seu tio ou daquela madrinha ausente, ter que abri-lo e pensar em algum agradecimento minimamente original enquanto ela explica porque cargas d'água resolveu comprar pra você um jogo de Ludo ("seus primos adoram, então eu achei que você fosse gostar também..."). E, não sei como rola com vocês, mas comigo há ainda a presença da minha mãe potencializando a coisa com sorrisos e elogios ao presente. "Nossa meu filho, sua tia acertou, hein?!"... É mamãe, deve ser por isso que os seus você diz que vai comprar e depois o pessoal só te dá o dinheiro.

Agora, pior que presente ruim de parente distante só presente ruim de gente muito próxima. Juro, fico mal com essa obrigação que nego sente em comprar presente, de verdade! Porra, não tem grana, ficou mais apertado esse ano? Não precisa me dar nada, prometo não ficar chateado nem triste, eu nem ia usar mesmo. Porque é foda, TODO ANO eu ganho a mesma camisa da Taco do meu pai, estou até desconfiado que parte da minha família abriu uma linha de crédito nessa loja. Cristo crucificado, haja presente da Taco! Eu já nem abro mais, deixo na caixa, tiro só o adesivo e dou pra outra pessoa. Tem também minha avó que entra natal, sai natal me dá uma camisa preta. A mesma! Ok, é um presente básico e não tem como errar, maaaaas... How many black t-shirts a man can get? (mas as de vovó eu guardo e uso e dou beijo quando ganho porque sou um bom neto e presente de vovó é presente de vovó).

Reclamando tanto fica parecendo que eu não gosto de Natal na verdade. Não é isso, juro que eu gosto, mesmo quando tem almoço de Natal aqui em casa dia 25 e minha mãe decide chamar trinta pessoas prum apartamento onde mal caberiam quinze. Mesmo quando, apesar do sol inclemente, minha mãe decide marcar o tal almoço pro meio dia e servir perú, presunto, salada de batatas e demais acompanhamentos untosos, pesados e pouco afeitos a um calor na casa dos 40 graus. O que mais substitui a magia de primos e irmãos reunidos no seu quarto aos berros jogando aquele Ludo que você tinha mantido fechado pra tentar trocar por uma lapiseira na papelaria da esquina? Família-ê, família-á, família! E pelo menos as sobras da ceia sempre duram mais que a festa em si, então, double bonus!!!!

Imperdoável para mim só mesmo aquela tia mais rica que arrumou uma passagem para os Estados Unidos para passar o Natal na companhia do Mickey, do Bush e de tempestades de neve (o grande charme da estação, convenhamos), mas para fazer um filme com o resto do pessoal que se rói de inveja da sorte alheia deixou uma lembranciiiinha na árvore para cada um. "Meu filho, esse aqui é da Tia Eloah que viajou, mas deixou o presente de vocês antes comigo", "Noooossa, um chaveiro do Bart Simpson/o livro do Harry Potter/um foda-se bem grande" "Ela me perguntou e eu disse que você ia adorar, tem que ligar depois pra agradecer, hein?". Então está aqui meu agradecimento... Tia Eloah, vá para a puta que te pariu! São os votos de sua família, que passou o Natal torrando no sofá daqui de casa enquanto você passeia pela América, sua bruxa!

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Grandes enlaçes de celebridades que eu gostaria de ver

Juro, eu daria meu braço esquerdo para que a cantora Jane duBoc casasse com o sambista Zé Keti e eles tivessem uma filha. E na moral, dava o direito para poder ser colega de classe da criança!

Outro casamento bacana seria da Suzy Rêgo com o Paulo César Grande, pensa só...

E a Sandy? Se um dia ela tiver uma filha e decidir dar a ela seu próprio nome, a garota então passará a ser chamada de Sandy Junior?

Sobre amigas gordas, fotos no Orkut e reggae nacional

Por que em todo grupo de amigas existe sempre uma gorda e notóriamente esquisita que todas as outras, mais belas, insistem em afirmar que tem um rosto bonito?

Por que essa amiga gorda e notóriamente esquisita é sempre mau-humorada, pouco afeita a abordagem de homens interessados em suas companheiras e quer ir embora das festas antes de todo mundo?

Por que essa mesmíssima amiga gorda e notóriamente esquisita sempre diz que sua gordura é decorrente de um problema glandular, o que é repetido em coro pelas amigas, e nunca admite que come feito um estivador?

...
Por que as pessoas postam 63 fotos no Orkut e fazem legendas ligando a foto anterior à seguinte de uma forma totalmente mongolóide?

Por que um grupo de mais de 20 pessoas decide se reunir e bater uma foto onde, todo mundo já sabe, não será possível reconhecer ninguém devido a distância necessária para o enquadramento? E porque o cenário dessas fotos é invariavelmente um churrasco no sítio com dois terços dos convivas já caindo de bêbados?

Por que as pessoas insistem em legendar suas fotos no Orkut com ensinamentos de vida creditados erroneamente a Jesus Cristo?

Por que 72% das letras usadas como legenda de fotos de casal são do Lulu Santos? (os outros 28% acabam divididos entre Cidade Negra e alguma banda de pagode deprimente)

...
Por que reggae no Brasil virou sinônimo de hippismo universitário bunda-mole quando o estilo na Jamaica era coisa de marginal?


Por que todo integrante de banda de reggae acha por bem lutar capoeira e traçar paralelos entre Gilberto Gil e Bob Marley?


Por que toda banda de reggae tem nomes constrangedores que, via de regra, fazem referência à natureza de uma maneira óbvia e babaca, tipo Planta & Raiz e Nativus?


E finalmente, por que diabos todo gordinho branco maconheiro sempre decide fazer dreads no cabelo?!?!?!

sexta-feira, dezembro 14, 2007

É isso aí, psit!

Durante anos eu acreditei que meu caráter vacilante, minha amoralidade e escrotidão eram fruto da criação que recebi do meu pai, da pouca presença materna na minha infância e de uma empregada de Ubá que me fez ajoelhar muito no milho por quase nada. A verdade só se revelou pra mim há uns dois dias atrás vendo um DVD que comprei na banca. Os culpados por eu ser esse escroque de marca maior não são outros senão Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Isso aí, os Trapalhões acabaram com a minha vida e, se vocês tem a mesma idade que eu, muito provavelmente com a sua também! Mas claro, se por acaso você nasceu depois do beijo do Didi na mão do Cristo, possivelmente está livre da influência nefasta do quarteto. Ou pelo menos, do mesmo tipo de mau-comportamento que eles disseminaram todo domingo.

Analisem comigo, não havia nada mais errado, politicamente incorreto e torpe para a formação de pequenos brasileiros que o programa dos Trapalhões. Todos os quadros rodavam em torno de vagabundagem, apostas na rua, tentar comer a mulher do alheio e passar a mão na bunda do guarda. Tudo isso entremeado por anúncios do Leite de Aveia Davene, Linhas Círculo, maionese Arisco e dos produtos de couro do Beto Carreiro, outro que nunca me enganou! Era mau exemplo em cima de mau exemplo aquilo lá. Afora o fato de que os personagens em si já eram o cúmulo do preconceito e do esteriótipo negativo. O paraíba era vagabundo, o negão era cachaceiro, o carioca um viado e o mineiro totalmente retardado. Sem contar que ninguém trabalhava e viviam de pequenos golpes e de tratar uns aos outros por apelidos racistas e piadas homofóbicas. Devia ser por isso que a gente era obrigado a frequentar aulas de Moral & Cívica, para eliminar nossas mentes de toda aquela malandragem contagiosa.

O que me deixa puto na realidade é que depois de fuder com nossas mentes por infindáveis anos, nos prepararando para sermos párias sociais, o Didi tenha a cara de pau de renegar seu passado, virar embaixador da UNICEF junto com o 007 e passar a se dedicar exclusivamente a filmagem de estórias horrorosas estreladas por Grazi, Sandy & Junior e sua filha-mutante. O único que poderia ainda redimir a todos nós, o grande Mumu da Mangueiris, está comendo planta pela raiz faz uns bons anos, assim como o Zacarias (que não ia fazer diferença nenhuma, né?). O Dedé... bom, o que se pode esperar de um cara que o único valor era fazer uma cara engraçada quando apanhava? Agora eu pergunto a vocês, como ficamos nós, fudidos e mau pagos depois de termos sido corrompidos a cada domingo e sem um Sargento Pincel para legitimar nossa canalhice? Quer saber, deve ter sido por isso que o Didi inventou o Criança Esperança... Complexo de culpa!

quarta-feira, dezembro 12, 2007

terça-feira, dezembro 11, 2007

Grandes questões que assolam a humanidade

Como é que os integrantes dos Titãs conseguem botar a cabeça no travesseiro e dormir o sono dos justos depois de uma década e meia de vergonha e embaraço coletivo?


E, acima de todas, porque o Korn ainda existe?

domingo, dezembro 09, 2007

Ensinamentos de vida diretamente do meu fotolog favorito

"no mundo perfeito e sagitariano de mayra, todos os ex-namorados são amigos. meus e do meu namorado. suas damas são sempre bem-vindas e as conversas nostálgicas sempre recomendadas. as moças devem ficar unidas para caçoar dos defeitos do que há em comum. os moços devem simplesmente ignorá-las para fumar cigarros e jogar sinuca. e no final da noite, há sempre um grande abraço."

Só faltou dizer que nesse mundo perfeito e sagitariano ela também é escritora de livros, roqueira, dona de marca de camisas e as regras gramaticais são uma convenção careta demais para ela.

Muita informação para poucos centímetros

Os homens poderiam ser divididos em duas classes: Os decentes e aqueles que tecem comentários públicos a respeito do próprio pau. Numa boa, não há nada que berre mais alto "Olá, sou inseguro, tenho sério problemas de auto-confiança e careço de atenção" que querer tornar de conhecimento geral o tamanho do seu caralho. Afora o fato de que você pode estar aumentando razoavelmente as chances de constrangimentos que o deixarão marcado para toda vida com o público feminino. Porque, convenhamos, todo homem mente o tamanho do próprio pau de uma forma ou de outra, não é verdade? Eu não conheço ninguém com a honestidade e bravura de declarar "Olha, meu pau é como o Dr Jairo Bauer bem dizia, uma caneta bic sem tampa. E eu não me refiro apenas ao comprimento. Torço para essa ser mesmo a real média do brasileiro ou eu sou motivo de chacota há décadas em vestiários e baneiros públicos". Você conhece? Pois é... Mas é de bom tom nunca exagerar demais - se atenha aos 1 ou 2 cms a mais como oficializado pela Convenção de Genegra - ou soar tão convencido, pois como dizia aquele som do Uniform Choice "(...)there's always some bigger and tuffer" e as chances do que você considera ser um pacotão-família não passar de embalagem nano aos olhos do mercado são consideráveis. Portanto, se você não conhece a vida pregressa de suas fodas, o melhor que tem é ficar calado e guardar qualquer surpresa pra hora que a luz apagar (porque aí se a surpresa for do tamanho daquelas de Kinder Ovo, pelo menos tá escuro e não vai dar pra ver a cara de riso da menina).

Fora isso, o que você espera ao dizer para os outros que o seu pau mede não sei quantos centímetros? Elogios sinceros, que te condecorem o cacique da turma, que ofereçam as namoradas em sacrifício a sua rola? Assim, as pessoas só conseguirão pensar o quão você é deprimente por querer dividir intimidades com gente que pouco está interessada nesse aspecto (ou em qualquer outro) da sua vida pessoal. E a coisa só piora quando se trata do sexo oposto porque, ora bolas meu camarada, algumas delas podem querer conferir e aí, o que você vai fazer? "Como assim, nem 17 cms? Mede 23! É 23, sim, essa fita métrica que tá com defeito! Peraí, vem cá, eu juro que quando eu medi era assim... Pra quem você tá ligando, hein?!". Ah, mas é bom deixar claro que fazer uso daquela velha técnica de se auto-depreciar para causar o efeito contrário (técnica #1 de fotologgers e demais adolescentes around the globe) também é arriscadíssimo. Há sempre o risco de concordarem contigo ou só ficarem caladas e, você sabe, quem cala consente. Vão por mim, been there, done that e afirmo que a sensação é péssima! É por essas e por outras que me mantenho estrito a uma regra de ouro: Não quero saber o tamanho do seu pau porque, se for menor que o meu, eu não mais conseguirei respeitá-lo. Já se for maior, me sentirei diminuído (literalmente!) e não serei mais capaz de andar ao seu lado. E só falo do meu para mulheres cegas, virgens ingênuas e atendentes de tele-sexo que nunca vão poder checar a parada na vida real.

Separados no nascimento

atriz pornô de idade provecta

Dragão de Komodo

E nem só pelas feições reptilianas, porque eu a-pos-to que a baba da Gretchen também é super-venenosa!

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Isso pra mim é coisa de filho da puta!

Você é um cara legal, mas lhe falta assessoria? Você quer ter um visual bacana e radical, mas costumeiramente escorrega no quiabo? Sua estética é sempre mais, digamos, "selvagem" que sua intenção? Relaxe, caro amigo! Preparei uma lista de ensinamentos simples e práticos sobre proibições no quesito vestimenta para você não ser mais apontado na rua e acabar de vez com saudações pouco simpáticas como "Lá vai mais um filho duma puta!". Eis então a lista de "coisas que só cara que não tem mãe em casa faz":

1- Usar sunga após os catorze anos de idade.
2- Ter um piercing na sobrancelha ou no mamilo.
3- Fazer três furos numa orelha e adorná-los com mini-argolinhas. Piora se uma delas tiver uma cruz ou uma mini-adaga.
4- Envergar uma fivela de caveira. Melhor dizendo: envergar um cinto de oncinha adornado com fivela de caveira!
5- Combinar rabo de cavalo com jaqueta de couro.
6- Descolorir o topetinho.
7- Ter um topetinho.
8- Dizer que está pensando em deixar crescer um topetinho.
9- Cultivar aquele cavanhaque igual ao do Thunderbird.
10- Pintar seu cavanhaque igual ao do Thunderbird de vermelho, azul ou verde para imitar o guitarrista do Pantera.
11- Possuir um bermudão indefinido (são aqueles que ainda não decidiram se são uma bermuda extremamente longa ou uma calça meio curta).
12- Comprar um sapatênis, o equivalente moderno daqueles mocassins de estilo indígena dos 80/90.
13- Comprar uma calça previamente furada.
14- Aparecer em público com uma abadá de micareta realizada no Riocentro.
15- E por fim, algo que já disse antes há alguns anos atrás, mas tem sempre um arrombado que considera "féxoun" e bacana: Usar camiseta de malha por cima de camisa social.

Leia, decore, siga e nunca mais envergonhe você e os que estão a sua volta. O mundo civilizado agradece.

Iron Maiden's gonna get you, no matter how far!

Lembra daquela época que a gente (por a gente leia-se eu) reclamava porque algumas meninas (e certos donzelos) botavam fotos super-posadas de suas caras nem sempre agraciadas pelo simetria retocadas no photoshop em seus asquerosos fotologs? Pois é, nada como um dia após o outro dia, não é mesmo? Porque, sério, acho que há algo de mais digno e honesto em uma pessoa acreditar que é bonita, que é alguém que as pessoas se interessam em ver e mandar ver numa fotinha estilo "photobook Sonora". Ao menos ela está ali admitindo publicamente em não sei quantos mega-pixels que, raios, quer ser uma Gisele Bïndchen do Tatuapé meeermo e foda-se!

É que agora tem essa moda entra a moçada de postar fotos num clima fim de festa, "oh my, I'm so wasted...", produção zero, ironicamente tão mais produzido e posado, que me irrita. Todo mundo naquele esforço blasé, nuns figurinos de gosto duvidoso e em fotos tiradas por máquinas caras que imitam uma analógica vagabunda e descartável. Porque é vintage. U-A-U! Acho particularmente divertidas aquelas em que um grupo de meninas expõe sua versão do Hollywood Boho-chic style... Num barzinho do humaitá! Ou sua interpretação do NY lifestyle straight outta Alameda Jaú. Isso é o que eu chamo de globalização da vergonha alheia.

E falando sobre os figurinos, qualé dessa rapaziada moderna com camisa de banda de rock antiga? Sério, cara, qual a graça de você usar uma camisa puída de uma banda que você não faz idéia do que seja ou representa? E você ainda pagou cinquenta vezes mais do que ela valia quando era nova e sem furos?!? Assim, isso onde eu moro se chama burrice, mas vai saber o que se passa na cabeça dessa galera, né?

Admito que o que me tira mesmo do sério na realidade é o fato de que eu estou aqui, a essa hora da noite, ouvindo Killers do Iron Maiden e o primeiro do Van Halen e achando tão ou mais foda que quando eu tinha 14 anos e discutia com meus amigos nerds cabeludos sobre qual seria a melhor formação da NWOBHM (coisa que eu continuo fazendo hoje, 15 anos depois). Daí me aparece uma tentativa de modelo anoréxica ou um produtor de editoriais de moda moderninho com uma camisa com a capa do Bonded By Blood do Exodus? Não pode, na boa, não pode! E não pode sabe por que? Porque na época da escola você tava ouvindo Ace of Base, Madonna e Debbie Gibson que eu sei!!! Em casos como esse eu sou totalmente a favor de voltarem as intimações violentas na porta de shows de metal do Garage ou na saída da Galeria do rock. "Curte Overkill, então dá o nome dos play... Não sabe? Tira a camisa e vaza, seu poser, playboy e embalista!" (não existe xingamento pior que poser e playboy para um roqueiro, não é verdade?).

prontodesabaphey!

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Ser inteligente é só uma questão de aparência

Em mais um esforço para ajudar a vida patética dos gatos pingados que ainda passam por aqui, resolvi ensinar a vocês meu truque para parecer uma pessoa inteligente. Sim, eu sei que vocês devem estar se pergutando se eu não sou realmente tão esperto quanto pareço e também porque cargas d'água as pessoas continuam dando importância a um treco tão demodê quanto o intelecto. Bom, o negócio é que ser inteligente é como uma espécie de imã de outras virtudes e se você é (ou como eu, finge bem que é) um camarada com conhecimentos mais avançados que os da maioria, as pessoas passarão a acreditar que você também é milhões de outras coisas legais. Resumindo, inteligência vale pontos com a turma!

O grande problema de ser inteligente é que ninguém tem tempo a perder nessa vida, certo? Portanto, você não pode se dar ao luxo de passar horas lendo, estudanto, pesquisando, assistindo filmes, peças, documentários, ouvindo discos e toda a sorte de coisas chatas que se precisa fazer para virar um inteligente. O que eu vou ensinar a vocês então é a técnica que eu chamo de "botar água no feijão cultural". A parada é bem simples e até quem lê isso aqui é capaz de compreendê-la perfeitamente: Preste atenção na conversa dos outros e tente se situar sobre o que é o assunto. Uma vez feito isso basta que você esprema daquelas poucas pistas jogadas no meio do papo o maior número de fatos que você conseguir e polvilhe com algumas palavras difíceis que você pode decorar lendo o Aurélio (e as palavras nem sempre precisam ser empregadas no seu sentido correto). Por exemplo, estão falando sobre aquele livro O Segredo. Uma pessoa normal não seria capaz de dizer nada sobre o tema caso não tivesse lido o livro realmente, né? Mas você, de posse de minha técnica revolucionária, já tem informações valiosas nas mãos como: É um livro, e que trata sobre um segredo qualquer. Um pouco de dedução vai te levar a concluir que deve ser uma estória (afinal, é um livro) algo secreta sobre fatos misteriosos (já que é um segredo e eles não iam relevar o segredo logo na primeira página do livro, né?!). Munido desse manancial de informações você pode dizer: "Na minha opinião, a maior virtude dessa obra literária contemporânea é o aspecto de mistério com que o autor desenvolve seu tema secreto". Porra, vai dizer que não soou inteligentaço?

A técnica também pode ser usados por pessoas de todas as idades que fazem provas, testes ou concursos públicos. Tipo, quando pedirem que você cite três características de Zumbi, líder dos escravos fugidos do quilombo dos Palmares (crianças, essa é pra vocês tirarem 10, hein?), você pode se desesperar pela sua ignorância ou se sair bem usando minha técnica de análise e enrolação. Reparem que a maioria dessas questões já nos dão todas as respostas no enunciado, vejam só: Zumbi = homem, líder = devia ser uma cara carismático e de personalidade forte dos escravos = era negro (há uma mínima parcela de chance de ser índio também) fugidos = devia ser rebelde do quilombo dos Palmares = construiu e/ou chefiou um negócio chamado quilombo, o que denota capacidade administrativa e organizacional (e isso a gente até já podia deduzir da parte que falaram que ele era líder). Rá, e eles querem SÓ três características? "Zumbi, o líder dos escravos era um homem de personalidade forte, muito carismático entre os demais negros ou índios e de reconhecida capacidade administrativa, porém algo rebelde". Uma resposta que transborda conhecimento de causa e lhe garante um A+++ de cara!!!

Use a técnica em qualquer situação, meus amigos! Quando sua namorada quiser alugar um DVD chato: "O Paciente Inglês? Ah, já vi... Do que se trata? Bem, o filme é uma história bela, porém um pouco arrastada, de um homem nascido na Inglaterra que é extremamente calmo e se torna paciente num hospital. Não acho que seja a melhor pedida para hoje, amor". Quando te pedirem uma opinião sobre o novo disco daquela banda de rock insensada que você nunca escutou: "O que eu achei do First Impression of Earth do Strokes? Bom, nesse disco acho que a banda conseguiu aliar seu som a uma atmosfera mais impressionista e terráquea, mas sem abrir mão de seu estilo característico, né?". Você vai se tornar um expert até em assuntos inventados na hora!

Então gente, é batata! Ser inteligente está apenas a uma embromação e três ou quatros palavras bonitas de distância. Mandem ver, afinal, só é burro quem quer!

Lúcio Riberio comprova: Eu usei o método e me dei bem!

Do grande copy desk universal para o mundo virtual

Venho por meio dessa pedir mais parcimônia no uso de palavras como "impagável" e "genial" para descrever um fotolog que posta fotos de gente aleatória no meio da rua, para falar de uma banda que o Tramavirtual elogiou, para se referir a posts de blogs de fofoca engraçadinhos ou a alguma coisa inventada por designers moderninhos recém-saídos da PUC. Por mais que vocês todos queiram abrilhantar um pouco suas vidas, vamos ao menos usar os adjetivos certos, ok?

Para auxiliá-los em um melhor uso de expressões desse tipo, sintam-se livres para consultar o diagrama abaixo sempre que necessário:

Genial!

O oposto de genial


Espero que a ajuda seja de alguma serventia. Sem mais,

Reizinho-chefe do universo fodástico de todos planetas, aka EU


PS - Obviamente que o bom senso no uso desses termos não se aplica a qualquer piada babaca que eu fizer aqui.