quarta-feira, julho 22, 2009

Figueiredo, nunca houve ditador como ele!

Que esse blog é um amontoado de idiossincracias e obsessões de um pós-adolescente retardado de trinta anos, não é novidade pra ninguém. Porém, não pensem vocês que meus interesses giram exclusivamente em torno de ninjas, lobisomens, babuínos e tubarões-tigre. Não senhores, eu também sei falar sério! Sei falar tão sério que decidi fazer um post sobre política. E não só é um outro post sobre política no blog, como também é outro post sobre DITADORES MALVADOS!

Assim, apesar de nunca termos tido a capacidade cívica de fabricarmos um Mussum Highlander da categoria de Idi Amin, um Kim Jong-il (que parece uma mistura oriental do Aguinaldo Silva com a Marlene Mattos) ou um canalhocrata adorável como o meu preferido-de-todos-os-tempos Muammar Kadafi (prometo um post analisando o visú dele para breve), nós conseguimos ao menos botar pra jogo um ditador daqueles que você lembra com saudade! Não outro senão o meu, o seu, o nosso João "eu prendo e arrebento" Figueiredo. Poxa, temos que valorizar isso, né galera? Dar uma moral pro produto nacional, pra nossa história. Não é ou não é?

O que faz de Figueiredo o (único) ditador fodauros brasileiro? Bom, melhor perguntar o que não faz! Figueiredo tinha élan, classe e aquela cara de nojo perto de pobre que faziam dele um must entre compatriotas de todas as idades.

pega na minha e balança, porra!

O General João Baptista não era só simpatia, o cara tinha estilo. Quem pode esquecer dele com seus Ray Ban Aviator espelhados, super up to date, de calças de montaria e botas, ou naquele clássico visual de sunga vermelha e tênis fazendo um cooper como todo bom general que se preza? Ele era tão style que depois até o merda do Agildo Ribeiro tentou capitalizar em cima da fama do nosso Presida passeando assim pela Lagoa - E ninguém me contou isso não, tá? Meninos, eu vi!

E não pára por aí. Ao contrário dos demais presidentes brasileiros que casaram com mulheres completamente alheias e chatas pra caralho, o Figueiredo foi ladeado pela inacreditável Dona Dulce. Porra, isso que era primeira-dama, meus caros! Perguntei aqui pra minha mãe e sua lembrança era de que a Primeira-Dama foi uma senhora "animada"... Já eu diria "especial". Sério, olha a carinha de Dona Dulce de quem não sabe nem que dia da semana é. Que casal, que casal!!!

- Estou adorando tudo, Joãozinho! - Porra Dulce, cala a boca!

E tinha aquela misantropia e asco sincero de brasileiro que fazem de qualquer homem um sujeito tão melhor e mais comovente, né? Nosso Prezida teve a manha de mandar na lata que preferia cheiro de cavalo a cheiro de povo e que queria mais que a galera esquecesse dele e fosse pra puta que lhes pariu! Sem contar aquele caso de mandar nego levar uma bomba pra Feira da Providência num possante Puma pra explodir com o show do Gonzaguinha (tem culpa ele?). Sério meu, você pode nem gostar, vai, mas tem que respeitar o trabalho do cara. Puta presidentão de responsa.

Acima de todas essas coisas, eu acho que me afeiçoei dessa maneira com o Figueiredo porque ele me remete a uma figura tipicamente classe média alta carioca. Aqueles velhos da zona sul que fazem cooper de sunga, frequentam a Hípica ou o Jockey Club e gostam de dar esporro no porteiro, na empregada da filha e no caseiro de sua casa em Nogueira se considerando uma eminência parda do mundo. Resumindo, tudo o que eu pretendo ser um dia.

segunda-feira, julho 13, 2009

Uma ode a Vitão Bonesso

Se existe algo que eu respeito nessa vida é metaleiro. Se além de metaleiro empedernido, o cara ainda for maior de 30 anos e sustentar sem ironias uma cabeleira selvagem, já ganhou muitos pontos da minha pessoa. Se, indo mais além, ele for um metaleiro balzaquiano de longa juba ressecada - porque cabeludo que se preza, daquele roots, mantém orgulhoso o aspecto capilar "palha de aço que cruzou com um rolo de feno" - e falar com um indefectível sotaque paulistano, puta merda, eu peço pra virar amigo de orkut, curto todos os posts no facebook e ainda puxo um papo no MSN todo o santo dia! Sim, eu amo velhos metaleiros paulistanos e sua falta de noção do ridículo!


Dito isso, gostaria de prestar uma homenagem ainda que tardia ao maior dos metaleiros paulistanos ridiklys, o grande Vitão Bonesso. Pra quem não sabe, Vitão é o cara que pilota o programa Backstage há sei lá quantos anos (um programa do qual eu só lembro a existência porque o Nicko McBrain parece só ter uma camiseta na vida!) e escrevia matérias para a Rock Brigade não sei quando. Fodam-se os fatos! A importância de Vitão Bonesso está além de suas atitudes e atividades. Tal qual um avatar, Vitão Bonesso É. Sua relevância consiste em existir... Pelo menos pra mim.




Vejam essa foto que coisa mais linda! Aos olhos da sociedade, apenas mais um gordalhaço de cabelo ridículo e visual constrangedor. Porém, para todos nós, apreciadores das maravilhas obscuras do mundo, um ser transendente em sua própria existência. Reparem na lona de caminhão que Vitão enverga quase como um Conde Drácula do Bexiga, na textura e caimento de seu picumã acobreado, na tez alva, nas profundas olheiras vermelhas e na fisionomia débil de nossos radialista predileto. Vitão Bonesso parece o Imperador Palpatine usando uma peruca estilo Luiz XIV. E vocês sabem, não dá pra ficar muito melhor que isso, dá?




Dá sim! A vida nunca me concedeu a chance de me encontrar frente a frente com esse meu ídolo para conversarmos sobre o melhor disco do Rainbow, como o Ian Gillan é fodão, falar mal do David Coverdale e fazer piadas de duplo sentido sobre o Rob Halford, mas tenho certeza de que quando isso acontecer, vou poder confirmar minha teoria de que Vitão Bonesso teve a pele substituída por borracha de látex! Não sei se foram os anos expostos à radiação Gama emanada dos LPs do Triumph e Marillion ou os quatro xis-calabresa que Vitão devora pantagruelicamente em seu café da manhã, mas a pele de Vitão foi danificada para sempre, o deixando com o aspecto dos fantoches daquele clipe do Genesis.

Tudo isso, claro, é pequeno demais diante da magnitude colossal de Vitão Bonesso. Portanto hoje, dia internacional do rock, você, apreciador do estilo musical jovem e selvagem por natureza, faça uma pequena prece antes de ir para a cama e saiba que, não importa onde você esteja, há no mundo um gordo de quarenta e tantos anos usando uma camisa XXXL do Blue Oyster Cult com manchas de gordura que, muito provavelmente, vai morrer de ataque cardíaco ou colesterol alto para lhe salvar dos seus pecados. For those about to rock, we salute you!

segunda-feira, julho 06, 2009

Teatro Brasileiro em resumo

Um galpão insalubre, camadas de poeira se acumulam nos bancos e no tablado. Apagam-se as luzes, um estrondo. Mais ou menos cinco atores/bailarinos irrompem em cena nus ou de malha cor de pele correndo de um lado para o outro, os braços pra cima em movimentos sinuosos. Se tacam no chão, outro estrondo. Um velho numa pegada Beato Salú surge brandindo um cajado. O velho bate o cajado no chão e, voz impostada, ataca: "PUTA QUE OS PARIU!". Os atores/bailarinos repetem em coro. "O TEATRO É O EXTÂSE DE BACANTES, NINFAS E FAUNOS", declama. Fim. Todo mundo aplaude e corre pra entrar no camarim do cara que faz o velho para beijar-lhe a mão e falar "muita merda pra você".

Ou é isso ou é Por Falta de Roupa Nova, Passei o Ferro na Velha.