quinta-feira, julho 01, 2010

A questão Israel II - Deep Space Nine

Assim, sou amplamente conhecido nunca foi do meu feitio alimentar discussões com desconhecidos através da internet. É por isso que me apresso em esclarecer que esse post não é, de forma alguma, uma respostinha malcriada ao senhor Rafael, que entrou aqui para uma defesa inflamada da obra e do estado de espírito de George Israel. Nada disso. É só que, se formos olhar bem, o cara não é só um problema geopolítico enquanto Israel, ele também é um equívoco nominal enquanto George. Analisem comigo.

George (do grego fazendeiro - É sério, pesquisei no google!) é um nome conhecido por batizar proeminentes figuras da nossa história. Como meu amigo pessoal George de Santos, o Indiana Jones do punk nacional, por exemplo. E da mesma forma que o Georgêra véio de guerra, diversos outros Georges deixaram sua marca no mundo de forma indelével, contribuindo para a evolução da raça humana e o desenvolvimento de nossa sociedade. Vejamos alguns exemplos.

George of the Jungle:


Você conhece o leão, o chamado rei da floresta?  Pois saiba que o felino baixa sua cabeça em respeito quando vê passar, voando de cipó em cipó, o poderoso George. Figura lendária das selvas africanas, foi responsável por uma forte onda migratória de habitantes de países norte-americanos e europeus para o continente negro maravilhados com a possibilidade de uma vida mais simples em contato com a natureza e os animais. Tarzan, Fantasma e o Jim das Selvas seriam parentes distantes e/ou admiradores declarados do lifestyle de George. Também foi amigo pessoal dos seminais Alceu e Dentinho.


George, o curioso:

Sem sombra de dúvida, um dos primatas mais inteligentes da Terra. George, o curioso é a prova de que o bom nome dos Georges está difundido entre todas as boas criaturas desse planeta. Não contente em ser apenas um macaco, George é um curioso, o que, creio eu, contribuiu para enormes avanços intelectuais na comunidade símia. Foi sua sagacidade e inesgotável desejo de descobrir e aprender que permitiu aos macacos dominarem o planeta, escravizarem a raça humana e criar uma nova civilização onde não havia lugar para o Charlton Heston.

          Curious George says "Fuck the NRA"


Rei George III:

Ok, nem há necessidade de longas introduções aqui. O cara era rei, porra! E da Inglaterra, o que em sua época (1760-1801), era o que de mais próximo havia no quesito "dono do mundo". Para melhorar a situação, o Rei George sofria de um mal chamado "porfiria", um distúrbio neurológico que lhe rendeu a alcunha de O Louco. Ou seja, o cara não só era rei, como ainda era louco de pedra. O que mais era preciso para que ele fizesse, literalmente, qualquer merda que lhe desse na cabeça? Além disso, não era qualquer tipo de loucurinha mequetrefe que acometia o monarca. A porifiria é usada para explicar a criação dos mitos dos vampiros E dos lobisomens. O que isso significa? Que o Rei George não só devia rasgar dinheiro, cagar pro alto, como também ser uma fuderosa monstruosidade híbrida. Fuck Yeah!

George Foreman:


Vocês neófitos podem conhecer George Foreman como um velho negro simpático que gosta de fazer vendas pela TV. Mas não se enganem, muito antes disso George Foreman foi um dos maiores porradeiros da história do boxe mundial, duas vezes campeão mundial dos pesos-pesados, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 64 e adversário de Muhamad Ali naquela famosa luta no Zaire. Aliás, você sabe que o cartel de um boxeador é irrepreensível quando o único sujeito a derrotá-lo por nocaute é ninguém menos que o próprio Muhamad Ali. Isso é quase como dizer que, bem, isso é como dizer que o único sujeito a derrotá-lo por nocaute numa luta de boxe foi ninguém menos que o próprio Muhamad Ali! O fato imprime tanto fodismo per se que não existe exemplo melhor. E estamos falando de um cara tão forte que, dizem, Foreman tirou John Frazier do chão com um soco (!!!) ao vence-lo na decisão de 73. E como se isso não fosse suficiente, se tornou bicampeão da categoria em 1994, na provecta idade de 45 anos. E lutando contra um cara com quase metade de sua idade.

George Clooney:

O James Bond da vida real. Isso se o James Bond não tivesse a menor obrigação de se envolve em missão nenhuma, fosse um milionário bon vivant e vivesse de fazer filmes com seus amigos só pra se divertir. Em comum, o smoking, as mulheres e a inveja e admiração de todo gênero masculino desse planeta. Enough said.

......

Enfim, longe de mim querer abertamente criticar o alto atral, a despretensão e as boas vibes ambicionadas pelo TRABALHO e PRODUÇÃO de George Israel, mas se eu fosse ele, após dar uma sacada na vida dos meus xarás, colocaria aquela vuvuzela dourada que ele assopra com tanto gosto no saco e pegava o caminho da roça. FOREVA!


4 comentários:

Pedro Carvalho disse...

Tem também o George Jetson, que não é assim um rei ou um peso-pesado, mas que ainda assim se destaca como um homem que, mesmo vivendo no futuro, mantém a dignidade e tomando esporro do patrão para sustentar a família. E é que inclusive tem consciência de classe e, para não explorar outro ser humano, adquiriu uma empregada robô (o sotaque semi-racista já veio assim da loja).

Menezes, o cretino disse...

Porra, claro, o George Jetson! O cara foi o primeiro desenho colorido da TV. Como se não fosse o bastante, andava em carro voador, tinha empregada-robô, mulher gostosa, trabalhava só 3 vezes na semana e, ainda assim, podia pagar um confortável condo nas nuvens. Ou seja, é a personificação da utopia "The Shape of Punk to Come", hehehehe!

d. disse...

E o senhor Constanza?

Menezes, o cretino disse...

Porra, o George Constanza é um gênio, o cara que fez do loserismo uma arte!