segunda-feira, novembro 05, 2007

Meu senso estético foi o He-Man que construiu

Eu demorei a querer entrar numa academia. Ou melhor, demorei a admitir que queria, sempre quis, malhar e ficar fortão. Ei, não me culpem, culpem o desenho do He-Man! Eu adorava He-Man quando era garoto, na real, adoro até hoje e me ressinto de que ele não é reprisado na preferência de exibirem algum desenho japonês estúpido. Tenho plena cosnciência hoje de que foram os episódios dos mestres do universo que introjetaram em minha pessoa essa vontade de ficar forte (e de andar num tigre verde, mas isso não vem ao caso) e crer que tudo posso se aquilo me fortacele. Foram cinco anos assistindo e absorvendo toda lição de moral que os bonzinhos nos passavam ao final de cada aventura, era óbvio que aquilo teria sérias consequências na minha mentalidade débil ainda em formação.

Admitamos, He-Man era foda! A começar pelo nome, era o desenho mais alpha-male persona pride do mundo. Ele-Homem, e tudo com maiúscula, porque minúsculo é o seu pau, não o do príncipe de Etérnia, loser! Nem entro nos méritos do fato do desenho ter sido desenvolvido para vender a linha de bonecos (a linha de bonecos mais FODA de toda a história dos brinquedos, diga-se) baseados no filme do Conan, o que confere por si só o background ogro-porradeiro-pau-na-mesa. A característica mais marcante do He-Man para meus olhos infantis era o fato de que em Etérnia, não importasse quantos anos tivessem, todos os homens eram fortes pra caralho e todas as mulheres eram gostosíssimas. Eu não conseguia compreender porque o Mentor tinha no mínimo o dobro da idade do He-Man e, ainda assim, era tão forte quanto ele. E por que só o He-Man conseguia levantar o castelo de Greyskul, empurrar a Lua e atirar pedregulhos (coisas que, aliás, lhe valhiam idêntico esforço)? Caralho, até o Esqueleto que era, bem... a porra de um es-que-le-to!, tinha o corpo de um Lou Ferrigno.

As mulheres eram um caso a parte. Tinha a Teela, a Maligna, a Feiticeira, a mãe do príncipe Adam, todas coxudas, peitudas, cinturinha fina e com bundinhas sensacionais. Minha preferida era a Teela, muito provavelmente responsável por uma de minhas primeiras ereções conscientes. Mas também sempre desconfiei que o He-Man, malandro que era, devia fazer visitas noturnas ao Castelo de Greyskull e dar um confere nas carnes de sua moradora solitária. Que homem poderia resistir a uma mulher de collant com uma cabeça de águia adornando o cucuruto? E, convenhamos, se você é uma mistura de Schwarzenegger com surfista montado num tigre de armadura, tem um espadão que solta raios e é tido e havido como o cara mais poderoso do pedaço, tu tem a obrigação moral de comer todas as mulheres! Tenho certeza que o He-Man não me decepcionou, o Xou da Xuxa é que não podia mostrar a parada naquele horário.

2 comentários:

Unknown disse...

acho q a única coleção de bonecos q eu completei foi do HE-MAN com certeza! tinha td, Pacato, o castelo, a porra toda! E nenhum outro boneco tinha aquele negócio no peito q a cada porrada ele girava e mostrava uma ferida, aquilo era sensacional!

ps: sobre o outro texto, já fui vendedor da Mr.Cat por 1 ano e meio e fui o melhor vendedor de toda rede(eram uns 200 vendedores ao todo) por 3 meses seguidos. Acho q isso só aconteceu pq eu não constrangia os clientes tentando convencê-los a comprar como os "colegas" de trabalho constrangiam, simples assim eheh.
abrá!

Felipe Madureira disse...

mas e qdo o He-Man virava o principe Adam, branquelo e de camiseta rosa bebê coladinha?

abraço