terça-feira, março 18, 2008

I don't wanna hear it

Pequeno compilado de frases que, caso eu fosse rico e/ou ditatorial o bastante, ordenaria que fossem sumariamente proibidas:

"O importante é entrar respeitando o adversário e saber que o importante é garantir os três pontos...", dita por algum jogador de futebol tentando parecer concentrado - Primeiramente porque é de um cinismo atroz um jogador que não preza nem o próprio sobrenome e não cansa de fazer merdas colossais vir falar justamente em respeito. Além do mais, é ignorantemente óbvio dizer que o importante são os três pontos. Ou eles acham que alguém na vida real levava à sério o Barão de Cobertin?

"Somos uma banda de rock, simplesmente. Esses rótulos são uma invenção da mídia", dita por algum integrande de banda horrível publicamente envergonhado com sua carreira pregressa - O que me irrita nessa frase é que se auto-classificar como 'banda de rock' é tão abrangente e vago quanto responder "sou terráqueo" ao perguntarem sua nacionalidade. Rock nada, você é emo, EEEEEEMOOOOO!!! Aceite a realidade.

"Cara, o Marcinho é quem mais joga na casa. Ele é muito jogador, é que a edição favorece quem quer!", dita por algum ex-participante do Big Brother Brasil eliminado prematuramente - Aqui a coisa é uma questão de falta de aviso: O programa é um jogo. A coisa mais corriqueira, natural e óbvia é que jogadores joguem quando em um jogo, porra! Na boa, nem para o QI de um participante de reality show da TV Globo é difícil captar isso, né?!

"Pra essa coleção eu me inspirei em Toulouse-Lautrec e nas formas bem delineadas dos figurinos dos cabarés. Há também uma clara referência do grafite e da música Disco, além de anotações do meu diário e em Bené, meu gatinho", dita por algum estilista mutcho loco em entrevista ao GNT - Convenhamos, dado o tipo de pessoa que leva moda à sério, seria bem mais digno responder simplesmente que não sabe o que é aquilo, que rabiscou qualquer coisa, cortou uns panos e jogou em cima de um bando de modelos. E foda-se!

"O cinema norte-americano vem dando claros sinais de esgotamento há pelo menos vinte anos, e essa premiação do Oscar é a prova incontestável!", dita por - quem mais? - José Wilker na transmissão do evento - Além de uma preguiça tamanha para tudo que o José Wilker faz, diz ou representa, o que me irrita nesse tipo de declaração é a dor-de-cotovelo mal disfarçada. Pois é, Zé, bom mesmo era "O Homem da Capa Preta"... NOT!

"Adorei o filme! Ele é ótimo, recomendo. O cinema nacional está de parabéns", dita por algum ator da Globo ao Video Show - Nem tanto pela falsidade, mas pelo corporativismo desavergonhado. Ou alguém realmente crê que um ator de novelas foi assistir "A Máquina", "O Coronel e o Lobisomem" ou "O Homem que Enganou o Diabo" por livre e espontânea vontade e não fez todos esses elogios apenas por se tratar de uma produção da casa, com atuação e direção dos seus colegas e superiores?

Um comentário:

A. disse...

realmente nao consigo entender 1% da inspiração dos estilistas. Seus comentários são vagos e aprece q eles falaram as primeiras coisas que lembraram enquanto o reporter quase enfiava o microfone na nsua boca... ou seja, lembrou do namorado, do diário, das viagens, de qualquer coisa e usa isso como pretexto para aquela roupa louca que está na passarela.