sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Beto Carrero underworld

A bruxa ao que parece está mesmo solta, o que já é em si uma boa piada ruim nesses tempos carnavalescos. Enfim, depois do cowboy gay e da Dora Bria, quem empacotou agora foi o Beto Carrero. Não esperem algum tipo de piada com o fato, porque não há nada mais triste e babaca que fazer piada com a morte de atores, atrizes e semi-celebridades a quem ninguém dá a mínima (piada boa mesmo, só aquelas do Mamonas Assassinas e do Ayrton Senna!); E também porque, no caso específico do grande cowboy do interior paulista, sua morte me abalou pessoalmente. Sério mesmo, um lance de família.

Não que eu ou qualquer outro parente fôssemos fãs do Beto Carrero, vejam bem. O negócio é que ele partindo dessa pruma melhor, deixa incomprovada para sempre uma velha teoria do meu pai. A de que Beto Carrero era, na realidade, um traficante internacional de drogas! Isso é real, meu pai achava muito lógico e plausível que o parque de "diversões" e o hotel fossem apenas uma fachada para encobrir as verdadeiras negociatas que enchiam seu cofre. Mais, que ambos os empreendimentos teriam sido financiados com dinheiro da venda de tóxicos. "Porra, esse cara vendia cinto de couro e agora abre um parque gigantesco no Sul? A-pos-to que tá é vendendo droga!", era essa a profundidade dos argumentos de meu pai.

Creio que meu pai, que o mais próximo que já esteve do Beto Carrero foi quando avistou ao longe seu parque num engarrafamento de proporções mitológicas indo para Santa Catarina no carnaval, tenha feito o comentário baseado na ingnorância e em inveja. Nunca contei a ele que Beto Carrero, na realidade, era dono de terras, administrava circos e foi empresário d' Os Trapalhões desde as mais priscas eras. Pelo sim pelo não, já liguei pro meu pai e contei que a causa mortis foi um tiroteio com federais que haviam descoberto seu esquema de venda de cocaína, ecstasy e maconha. Só pra dar uma alegria pro velho, né?

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