quarta-feira, maio 07, 2008

Discriminação racial em desenhos animados

Quantos desenhos vocês já viram na vida? E quantos desses eram protagonizados por animais que, se muita explicação científica, falavam, dirigiam carros, eram cidadãos proeminentes da sociedade e combatiam o crime? Para quem cresceu assistindo as produções da Hanna-Barbera, aposto de milhares e milhares. Agora, o que vocês podem nunca ter reparado - e por isso é preciso um adulto paranóico e idiota como eu vir lhes trazer a verdade - é que a maioria desses desenhos era, na verdade, extremamente racista.

Sério, tive a confirmação da minha abalizada teoria quando um amigo próximo disse que está desenvolvendo uma animação para a tv canadense. Sinceramente não lembro de absolutamente nada sobre a trama, acho que envolvia um peixe que era agente secreto e andava na superfície, algo assim. Crível, as always! Mas o que despertou a certeza de que, mais uma vez, eu enxergo o que vocês da plebe ignara não conseguem foi ele ter falado do "personagem cômico" do desenho. A saber, um macaco.

Até aí, tudo bem, nada contra macacos exercendo papéis relevantes na indústria do entretenimento, muito pelo contrário. Porém, já notaram como todo macaco de desenho animado guarda, constrangedoramente, semelhanças com esteriótipos de negros da tv e do cinema? Podem reparar, o macaco é sempre desenhado com bonés pra trás, se comunica através de gírias, é de uma ignorância engraçadinha e precisa da ajuda do protagonista até pra descascar suas bananas. Macacos de desenho são os 'token black guys' da animação!

Fazendo uso de elementos tido como universalmente modernos, os produtores preconceituosos aproveitam então para criar um racial profile disfarçado, já que todo macaco de desenho animado, além das características acima citadas, é sempre acusado de nunca querer nada com a hora do Brasil, só se interessar em comer bananas e ficar de papo pro ar. Maguila, o Gorila e Jake, de "Meu Amigo da Escola É Um Macaco" (provavelmente o desenho mais desavergonhadamente racista dos últimos tempos) são os principais [únicos] exemplos que me vêm a cabeça agora.

Durante os anos, entretanto, outros animais graciosos também foram usados para propagar idéias racistas. Lembram do Zé Colméia, que andava ao ritmo do bebop, improvisando skats e dancinhas e ASSALTANDO famílias na compania de um menor? E o urso do CABELO DURO, que só queria saber de matar a sua larica e andar numa moto invisível, uma clara esteriotipização racial de usuários de drogas? Isso sem falar em Faísca e Fumaça, os Black Crowes, que eram vagabundos, assaltantes de plantações de milho e baderneiros no sul dos Estados Unidos.

O mais confuso e desconfortável dessa história toda é pensar que esses desenhos foram todos prduzidos por estúdios dirigidos por judeus americanos, o que adiciona um tempero social bizarro nessas críticas e me faz querer parar por aqui antes que eu seja processado.

2 comentários:

Unknown disse...

q tenso isso! bolei.

Menezes, o cretino disse...

Ok, só relembrando que o post é "humorísitco" e não deve ser levado à sério.